Adeus.. Tristeza

Espero sentada pelo calor do tempo
De cabeça cabisbaixa e entre os joelhos,
Tentando pensar que em nada penso
Pensando talvez que nem devesse pensar.
Olhando para o passado e desejando o presente
Agarro fortemente aquilo que não quero perder,
Com os braços bem abertos,
Tão abertos…
Esperando não deixar nada pelo trilho que percorro.
Um som… uma melodia…
Faz levantar a cabeça,
Deixando a última lágrima cair no chão,
Que fica encharcado com a minha presença.
Levanto o olhar e este corpo fechado
Tentando tocar nesta razão para viver.
Agarrá-la para não se perder,
Prende-la para não me fugir.
Percorro a brisa que vai deixando,
Encadeada pelas cores esbatidas
Da sua fuga apressada.
Esgotada dos pensamentos que me alimentam
Dou o último passo na sua direcção
E agarro-a…
…
Chegou o tempo de voar mais alto!
Adeus…
Tristeza…