quinta-feira, 30 de maio de 2019

Pensamento

Nenhuma conquista dos nossos sonhos me fará  feliz se não tiver  a certeza que me amas....

Enclausurada


Está escuro à minha volta
Luto sedenta por um raio de luz,
Em vão…
Tento percorrer os cantos desta caixa
Na busca insana de uma abertura,
Em vão…
O frio vítreo deste cubo fechado
Continua a aprisionar a minha alma,
A minha felicidade…
Imploro já sem voz pela tua mão
Que teima em estar perdida,
Ou ausente…
Sei que estás aí à minha beira,
Sei que me falas e me tentas tocar,
Que sonhas por nós, por ti, por mim…
No entanto não consigo vislumbrar a luz,
Não consigo ver a vontade de partir este vidro
E me puxar eternamente para o teu colo.
É torturante saber-te aí,
De sorriso no rosto
Encostado de face quase na minha
E não te sentir.
Só queria um pouco de luz…

terça-feira, 28 de maio de 2019

Tremura Incandescente!


O meu coração treme…
Bate forte e salta do peito…
Incansável… Irritável…
Toca fora do compasso habitual,
Numa lua frenética pelo infinito.
Toca apressado, não por amor,
Não por saudade ou amizade.
Palpita de medo, de dúvida.
Palpita de dor, de pânico!
Numa luta antiga renovada,
Com novas forças, velhos medos
Novos contextos, velhos sentimentos.
Treme desesperado pela luz do túnel que não termina.
Treme na busca da paz e da certeza.
Implora pela mão apertada junto da minha,
Pelo calor desenfreado da tua alma.
Pulsa assustado pelo futuro,
Pelo passado e pelo presente.
Toca pelo chão que desapareceu
E que demora a construir.
Lateja sedento de amor
Sedento de amor.
Puro.
Incandescente!

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Trocada, tolerável ou amada?


A incerteza do incerto certo
Do impossível da possibilidade que engana
A dureza da dor que encerra
E mata e mói e destrói a construção do pensamento.
O palpitar calmo e crescente no peito
Que atinge facilmente o desespero tranquilo
A dúvida permanentemente que pisca
E mata e mói este coração apertado.
A novidade que é repetição do passado
O medo da coragem da luta derrotada
A solidão da presença de sorrisos de outrora
Que matam e moem as vontades rejeitadas.

Que novo sentimento é este que me percorre as veias
Que leva o meu corpo ao limite e o destrói.
Que dor é esta que me aperta no escuro
Que faz desaparecer os sorrisos e a felicidade.
Que dúvida é esta cravada na minha mente
Que apaga as provas da luta e da felicidade.
Que amor é este que se sente
Que se mostra ausente, incerto e disfarçado.
Que sonho ou pesadelo vivo acordada
Que me cansa e atira ao chão derrotada.
Que lugar ocupo eu nesta vida desenfreada
Trocada, tolerável ou amada?

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Eu quero ser razão!

O resumo resumido
De todo o meu mundo...
Eu quero ser razão!
Quero ser a imagem refletida
Dentro de ti quando me olhas...
Quero ser o odor que te desperta
Quando inspiras junto da minha pele...
Quero ser o caminho que percorres mentalmente
Quando as tuas mãos navegam no meu corpo...
Quero ser a voz que te faz virar,
O abraço que te faz ficar,
A espada que te faz lutar,
O ar que te faz respirar e viver.
Quero ser os músculos que te fazem sorrir,
A luz que te faz ver,
O toque, o beijo ao adormecer e acordar.
Eu quero ser a razão para ficar.
Eu quero ser a razão para continuar.
Eu quero ser a razão para amar.
Eu quero ser razão!

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Dor... Pura!


Dói... Dói como o caraças!
Dói ver-te aqui e no segundo seguinte sentir-te a léguas de distância...
Doiem todas estas dúvidas, as incertezas, os medos, os fantasmas...
Dói este sentimento de bola de flipper, constantemente a ser atraída pela gravidade para o abismo, enquanto vais dando uns toques que me permitem continuar a rolar neste campo/vida, mas sempre a cair.
Dói... não conseguir compreender-te, encaixar-te, ler-te, sentir-te...
Custa imenso ouvir palavras, ver atitudes, acções, por vezes tão contraditórias que me deixam completamente perdida e sem rumo...
Dói... querer acreditar na felicidade, na luta, no comprometimento mas por vezes não o sentir.
Dói muito... magoa... fere... a imagem desfocada de uma pessoa que me persegue diariamente na minha mente, que me assombra os sonhos à noite e os torna em pesadelos... que da última vez que falaste dela, a desvalorizaste na tua vida e, semanas antes, estavas disposto a deixar tudo e lutar por ela... Dói não saber em que momento mentiste a mim, e a ti próprio. Dói ainda mais imaginar que foi no segundo momento.
Dói... ver-te rir e sorrir mas não saber se estás feliz!
Dói ainda mais tentar levar o dia-a-dia a sorrir quando tudo o que me apetece é chorar... fugir, desaparecer... esconder-me num canto escuro e ficar lá... imóvel... chorar e soluçar até já não restar nada...
Dói ter de ser forte quando me sinto frágil...
Dói ter gente à minha volta mas sentir-me sozinha!
Dói querer acreditar quando não recebo provas dessa fé.
Dói o medo do futuro incerto...
Doiem os erros do passado que estão lá constantemente a relembrar onde falhámos, quase como numa brincadeira de crianças em que só devolvem um “é bem feita!!!”.
Dói sonhar com tanta coisa boa, fazer planos, querer viver e, no fim de tudo, não ver esses planos, sonhos, vida serem alimentados...
Dói muito... muito mesmo... não saber as razões que te levaram a ficar quando a única coisa que eu gostaria de ouvir é um “porque te amo”... (verdadeiro)
Dói Amar... sim... Neste momento, Amar-te faz doer... muito... todos os dias, todas as horas, todos os segundos! E escondido por detrás de todos os sorrisos, risos, momentos de prazer e felicidade espontânea e verdadeiramente sentida, reaparece esta dor... como um espeto cravado no peito...
Apenas porque te amo loucamente,
e não sei se me amas também...