sexta-feira, 29 de abril de 2011

Trilho à deriva

Levanto-me e ponho as botas do destino,
Iniciando a marcha neste trilho irregular
Que me fere o corpo e a alma!
Subo incansavelmente estes picos
Que ondulam ao sabor do tempo
Arrastando-os para mim como íman.
Pé ante pé, e agora descalça,
Desço ao vale calorosamente gélido
Que me prende ao chão esfomeado
Pela essência humana que transporto.
Sentindo-me a desvanecer ao de leve,
Luto freneticamente com esta força
Tão minha... Transcendente!
Olho os obstáculos nas minhas costas
Com um ténue sorriso na face
E a alegria libertadora
Que me acalma o espírito e o corpo!
Percorro este mar único
Cheio de serenidade em combustão,
Onde procuro a fortuna perdida
Que aguarda a chave do meu coração
Para se revelar novamente ao mundo.
Quem sou eu?
Sou apenas um pequeno barco à vela
Navegando no trilho da Luz!


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