quarta-feira, 27 de abril de 2011

Moldando o Mundo





















Entro no calmo tormento fugidio
Que me alcança eternamente
Nesta paragem deliciosa
Que sacia meus olhos
Ávidos de uma salvação.
Procuro sofregamente
Por um lugar no mundo
Que possa moldar com as mãos
Dando-lhe formas desconhecidas
Que maravilham os dogmáticos
E regozijam os descobridores!
Pego no horizonte como uma folha
E dobro incansavelmente,
Tal como um submisso origami
Que renuncia a sua vontade
À poderosa força
Que emana das minhas mãos.
Distorcendo o que me rodeia
Sem piedade do objectivo alcançado,
Espero que encha meus olhos
Com novas luzes e texturas,
Enquanto este ar apressado
Eleva meu corpo translúcido de cor
Para o novo desenho
Que se cria à minha frente!

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