domingo, 22 de março de 2009

Mistério












Espreito pela pequena brecha
Que esta porta escura ilumina
Procurando o desconhecido
Para lá da imaginação que me controla.
O que será?
Como será?
Que fará?
Tantas as perguntas que me assolam
E me asfixiam com tamanho poder
Que nada nem ninguém poderá ajudar.
Pé ante pé caminho…
Pisando este chão falso
Cheio de caos e destruição.
Sinto a respiração fora de mim.
Ouço o bater do coração
Compassado com a emoção
Que todo aquele momento transmite.
O medo… o receio…
A adrenalina que corre pelas veias
E me obriga a ansiar o que me espera.
Encosto a mão calmamente
Naquela textura incerta
E empurro...
Dou um passo destemido em frente,
Firme, cheio de coragem e…
Encandeio-me com a luz que chega ao meu olhar…

Olhos semi-cerrados…

Coração parado…

Respiração inútil…

Conhecimento não alcançado!

1 comentário:

Anónimo disse...

É simples a alma de quem desconhece, porque tudo é explicável pelo inexplicável. Inadvertidamente a felicidade abatesse sobre esta simplicidade, sobre esta inocência, porque toda a gente conhece o fim da viagem, sabe onde vai dar a porta, apesar de esta nunca poder ser aberta, apesar de nunca ninguém a ter atravessado!

Mas isso não me impede de perscrutar o além com todos os meus sentidos. Por entre frinchas e orifícios ladeio a minha percepção, forçando-a a aceitar o que não vê, a ver o que não é assimilado. Sei porque acredito no que há do outro lado, mas sei que não sei o que vou encontrar.

E então descreio…