
Espreito pela pequena brecha
Que esta porta escura ilumina
Procurando o desconhecido
Para lá da imaginação que me controla.
O que será?
Como será?
Que fará?
Tantas as perguntas que me assolam
E me asfixiam com tamanho poder
Que nada nem ninguém poderá ajudar.
Pé ante pé caminho…
Pisando este chão falso
Cheio de caos e destruição.
Sinto a respiração fora de mim.
Ouço o bater do coração
Compassado com a emoção
Que todo aquele momento transmite.
O medo… o receio…
A adrenalina que corre pelas veias
E me obriga a ansiar o que me espera.
Encosto a mão calmamente
Naquela textura incerta
E empurro...
Dou um passo destemido em frente,
Firme, cheio de coragem e…
Encandeio-me com a luz que chega ao meu olhar…
Olhos semi-cerrados…
Coração parado…
Respiração inútil…
Conhecimento não alcançado!