Ouço freneticamente aquelas palavras
Num ciclo eterno, louco, destruidor.
Como se adormecesse e voltasse a acordar
Sempre à mesma hora, dia, momento.
Tento agarrar-me a todas as luzes que acendes
Mas a força centrípeta dessas palavras
Atiram-me novamente ao chão.
Luto desalmadamente para me erguer,
Pernas bambas, fracas, inseguras…
Procuro no interior dos teus olhos a minha imagem,
Na tentativa de ver o meu reflexo e…
Tenho medo!
Faltam-me forças para acreditar de olhos fechados,
Faltam-me palavras para ir até ao infinito,
Faltam-me abraços para reconstruir o meu castelo!
Vivo nesta escada de Penrose
Sem saber quebrar o fim.
Queria tanto que a quebrasses…
Desejo tanto que me agarres e me segures…
Firme… apertado… decisivo… eterno…
É difícil… está difícil…
Esquecer todas as mágoas e seguir em frente,
Subir finalmente as escadas e andar!
Preciso de ti… preciso de mim… preciso de nós!
Preciso da tua verdade, da minha luta,
Da tua paixão, da minha resiliência,
Do teu amor, do meu amor, do nosso amor!
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