sábado, 23 de agosto de 2008

Companhia...

Espero ansiosa o teu acordar
Espero ansiosa o teu bom dia,
Que me mete um sorriso nos lábios
E mostra que a noite não me apagou
Do teu pensamento... Da tua vida...
Gosto do tempo que passamos juntos
Separados por vales e montanhas,
Afastados por milhares de metros
Que nada importam enquanto falamos!
Mesmo a distância nao é capaz
De impedir que acordes comigo,
Nem que adormeças ao mesmo tempo que eu!
Adoro todas aquelas palavras que trocamos,
Todos os sorrisos que emergem,
Em mais um dia que vivemos!
Sinto uma saudade de te ver
E um desejo de te tocar...

Sinto-te

Observo-te
Deitada na minha cama
À beira da janela
Sinto o teu correr
No rosto
Quando entras sem permissão
No meu quarto.
Olho-te em cada objecto
Que tocas na rua!
Ouço os sussuros
Que teimas em não
Esconder aos outros.
Peço-te que percorras
O meu corpo
E que toques em
Cada centímetro de pele.
Peço-te que me embales
E me leves o sofrimento
Que me atormenta o coração!
Peço-te que não desapareças
Para que possa sentir-me viva!

Chega!


Começo a ficar farta
De ser aquilo que queres
Que eu seja!
Estou cansada
De ter que gostar
Daquilo que queres que eu goste!
Estou cheia
De viver a vida
Que sonhas para ti!
Estou exausta
De ficar debaixo
Das regras que fazes!
Chegou a hora de eu,
SER EU!
Vou sair do sítio
Onde me teimas prender.
Vou voar com as minhas asas
Para longe...
Bem longe...
E...
Não digas que não te avisei!!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Palavras soltas...

Deixo-me vencer pela força do sono que recai nas minhas frágeis pálpebras.
Deixo-as ir então ao encontro das outras que mais abaixo as esperam, permitindo o reencontro tão ansiado como dois amantes saudosos...
E assim, juntas, protegerão o espelho da minha alma durante esta longa noite...
Eu vou sonhar, e espero que também o consigas fazer... Mesmo que estejas acordado!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Perguntas de retórica

Porquê?
Porque dói tanto aqueles momentos que recordo.
Porque sinto tanto a tua ausência.
Porque é que não sendo alguém do teu dia-a-dia,
Te relembro frequentemente e te choro…
Porque sorrio ao recordar o teu rosto,
O teu sorriso, o teu olhar…
Porque me condeno constantemente
Pelos erros que cometi…
E talvez ainda cometa…
Porque vivo por momentos,
Aqueles segundos só nossos,
Vividos outrora…
Porque é que dói não te ter na minha vida,
Não te poder olhar, ouvir nem tocar…
Porque é que sinto um vazio obscuro,
Que me consome e me deixa sem forças…
Porque é que as lágrimas me corroem o coração
E me dizem que a culpa e minha!
Me mostram aquilo que não quero ver…
Me alertam para aquilo que sinto…
Porquê isto tudo?
Talvez porque aquele sentimento de criança,
Ainda não desapareceu…
Eu continuo aqui…
E sei que estás ai!