sexta-feira, 17 de maio de 2019

Trocada, tolerável ou amada?


A incerteza do incerto certo
Do impossível da possibilidade que engana
A dureza da dor que encerra
E mata e mói e destrói a construção do pensamento.
O palpitar calmo e crescente no peito
Que atinge facilmente o desespero tranquilo
A dúvida permanentemente que pisca
E mata e mói este coração apertado.
A novidade que é repetição do passado
O medo da coragem da luta derrotada
A solidão da presença de sorrisos de outrora
Que matam e moem as vontades rejeitadas.

Que novo sentimento é este que me percorre as veias
Que leva o meu corpo ao limite e o destrói.
Que dor é esta que me aperta no escuro
Que faz desaparecer os sorrisos e a felicidade.
Que dúvida é esta cravada na minha mente
Que apaga as provas da luta e da felicidade.
Que amor é este que se sente
Que se mostra ausente, incerto e disfarçado.
Que sonho ou pesadelo vivo acordada
Que me cansa e atira ao chão derrotada.
Que lugar ocupo eu nesta vida desenfreada
Trocada, tolerável ou amada?

Sem comentários: