Dor pontiaguda
Espinhosa e magnética,
Dor que se entranha
E corrói os meus órgãos,
Dissolve a minha alma.
Vazio profundo
Deixado por esse parasita.
Peso imundo que aparece
E suga toda a inexistência
Que embate em mim
E me prega ao chão.
“Rasteja…”
Diz a voz dentro de mim…
Arrasto-me na lama
Sem existir uma luz
Que me ofereça a mão
E me tire deste leito
Que me deixa inerte.
Grito até a voz desaparecer,
Até me desvanecer no ar,
Até encontrar a serenidade.
Flutuando invisível
Aos olhos dos demais,
Ondulo ao sabor do vento
Que espalha pedaços de mim
No mar, nos bosques, no sol…
Sorrindo então,
E deixando um sorriso
Como uma última vontade
Gravada no testamento da verdade.
Plenitude e paz atingidas.
Assim espero.
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